Mais um dia!

No outro dia ia eu muito bem no metro da Alameda quando de repente adormeci na profundidade dos meus pensamentos:

"São 9 ou 10 da manhã, hora que acordo normalmente, dependendo se vou sair à noite, se me perco a jogar computador ou se vejo nba no dia anterior ou não, acordo ligo o pc, meto musica, leio os emails, leio as noticias desportivas e não só, do mesmo dia, vou aos sites dos meus jogos de Internet e ainda vou ao mininova ver se existe alguma coisa que valha a pena sacar nesse dia, aproveito para ir também ao meu blog, à espera de mais um comentário, mais uma critica. De seguida lavo os dentes, faço necessidades e vou tomar o pequeno almoço, volto para o pc mais um tempo, para depois ir tomar banho (não tomo banho seguido do pequeno almoço, apesar de saber que uso água-morna e que nada de mal me irá acontecer, faz-me confusão e prevenir não faz mal nenhum), depois de uma manhã almoço em casa (ou quando tenho algo marcado, almoço na escola ou com um ou mais amigos), saio de casa e mal ponho um pé fora da porta do prédio, meto os auscultadores nos ouvidos ligo o mp3, e começo a ouvir musica, a minha companheira, da solidão, das caminhadas, de toda a vida, a única que nunca me abandona( a menos que acabem as minhas duas pilhas, a que está a ser utilizada e a de reserva com a qual ando sempre). Cerca de meia hora de camionete para o campo grande, às vezes, apanho a companhia do meu grande amigo Pedro, ás vezes continuo mais uma viagem até ao oriente, até à escola, apenas com a sempre fiel companhia da musica. Entro na estação do metro e começa o ritual da observação, observo casalinhos em momentos de ternuras, observo os pedintes a pedinchar dinheiro, observo os deficientes que ninguém é capaz de ajudar, observo as puras e verdadeiras crianças a brincar e com os seus comentários cheios de honestidade e fantástico, observo pessoas, caras, olhares, expressões, observo raparigas com olhares que me cativam esperando sempre por um momento do estilo de cinema americano em que dois desconhecidos se começam a falar do nada, no meio do metro. Chego à escola, mais um dia de aulas, ou de baldas, estar com o pessoal, reencontrar o grupinho, o magro, o ca pila gira, o preto, o encolhido e o que se está sempre a armar. Muita risada, muita parvoíce e após um bocado de seca, acaba mais um dia de escola, passa-se para o jantar, inicio de noite, um jogo de futebol para ver ou fazer, uma jantarada ou uma petiscada num restaurante ou na casa dum amigo, umas cervejitas bebidas ou então sumo e água, uma ida ao cinema, uma saída, umas jogatanas de PES na casa do André, normalmente seguida de uma noite dormida no fofinho sofá do André ou na cama ou então no chão, quando nada disto acontece e na pior das hipóteses uma volta para casa, normalmente acompanhada do amigo Pedrinho. Chegado ao Campo Grande mais meia hora de camionete, de solidão, fazer o resumo mental do dia, fazer as perspectivas para o dia seguinte, organização mental da vida, pensamentos absurdos sobre tudo e mais alguma coisa, sempre a ouvir o belo do sonzinho. Chego a casa, cumprimento os pais, janto, venho para o pc, net, amigos, jogos, filmes, séries e cama, por vezes precedida de nba. Acabou mais um dia, mais uma repetição, é assim a minha vida, a vida que apesar de à primeira vista triste, a vida que eu adoro, a vida que eu conheço, a vida à qual estou habituado, a vida de finalista, a vida quase perfeita, a vida que para o ano vai acabar………. Ou talvez não, evocando Lavoisier “Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”"

De repente acordei, cheguei ao oriente, tenho de sair do metro. Até outro dia.

Abraços e Beijinhos
Até à próxima