Apresento-me aqui hoje, num dia que poderia ser mais um domingo qualquer, mas não, este não é um domingo qualquer, é um domingo de tristeza, de agradecimento, de honrar e sobretudo de aplaudir ao senhor, ao jogador, ao nº10, ao maestro, ao maior! Para quem ainda não adivinhou a quem me estou a referir, deixo um nome, Rui Manuel César Costa.
Em 29 de Março de 1972 nasceu, no bairro da Damaia, um dos maiores génios futebolísticos da última década, teve passagens pelo hóquei patins, basquetebol e futsal enquanto era criança, mas para honra de todos nós, acabou por se tornar jogador profissional de futebol. Começou no Damaia Ginásio Clube com cinco anos, ingressando no Benfica com 10 anos de idade. Em termos profissionais passou por vários clubes, Fafe, Benfica, Fiorentina, Milão, dando-nos o prazer de terminar a sua carreira aqui, junto de nós benfiquistas, usando palavras dele próprio, a sua família. Como jogador de futebol tem um vasto palmarés, um campeonato Português, uma taça de Portugal, 3 taças de Itália, uma supertaça italiana, um campeonato italiano, uma liga dos campeões, uma supertaça europeia e foi ainda campeão de sub-21 por Portugal em 1991. No meio de tantos prémios que recebeu, maior ainda foi o prémio que nos deu a todos, enquanto subia ao relvado e fazia o melhor que sabia.
É para mim um orgulho, como benfiquista e como português, tê-lo visto jogar futebol, desde que me lembro de ver futebol. Permanecem na minha retina vários momentos muito importantes, desde uma expulsão que sofre ao ser substituído num jogo, se bem me lembro, para a qualificação do mundial de 98, das lágrimas dele quando marcou ao Benfica ao serviço da Fiorentina, do golão e das lágrimas quando marcou à Inglaterra em 2004, das lágrimas quando se despediu hoje, enquanto futebolista de todos nós. Lágrimas essas que nos enchem o coração e simbolizam a tristeza e o orgulho de o ver pendurar as chuteiras após uma vida a mostrar-nos o melhor que o futebol tem.
Melhor que eu para expressar a grandiosidade de Rui Costa, existem os que com ele jogaram a bola e conviveram ao longo destes anos, ficam aqui alguns apontamentos.
“Porque tu, caro Rui, és como o Milan, leal e determinado, generoso e perseverante, imprevisível e apaixonado por este desporto maravilhoso….Porque tu não és apenas um nome e um número escritos na camisola. Para todos nós, tu és, principalmente, o Rui que deixou no Milan, em Milão e em toda a Itália, marcas inesquecíveis.” Adriano Galliani, Vice-presidente, em nome de toda a equipa do Milão
“Kaká aprendeu mesmo muito com ele e eu via diariamente os ensinamentos do Rui. Foi um autêntico professor…. Aliás, se Kaká é hoje o melhor futebolista do mundo muita da culpa é do Rui.” Maldini
“Para mim, o Rui teve um carreira brilhante, praticou um futebol de topo com um talento especial, fantástico.” Batistuta
“O Rui é mais do que um amigo. É como se fosse meu irmão…Um jogador fantástico, que todos bem conhecem, com qualidades únicas e uma personalidade fortíssima…Com toda a qualidade e experiência que tem, vai continuar a ser um campeão…Ele nasceu para ter sucesso.” Figo
És o nosso número 10, és o nosso ídolo, és o nosso maestro, és, foste e serás sempre.
Obrigado e vemo-nos nas bancadas!
1 comentário:
Rapaz so quero fazer um addon á tua homenagem ao grande Rui. O momento mais fascinante que gravo na minha memória do maestro aconteceu no jogo que deu o apuramento a Portugal para o Euro 1996, no estádio da Luz, a 15 de Novembro de 1995. Que se pode esquecer do magnifico chapelão de 40 metros que abriu o marcador que viria a culminar com 3-0 a favor da equipa das quinas?? Foi o Rui com essa obra de arte que abriu as portas ao primeiro europeu de seniores da chamada "geração de ouro"
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