Um pouco de amor de irmão

A sala estava escura e fria, corria um ar húmido de morte, parecia que algo terrível estava prestes a acontecer, os corvos, abutres, hienas e cães selvagens aproximavam-se do local, como que prevendo o futuro. Uma batalha épica estava prestes a acontecer, o culminar do acumular de séculos de desavenças, ódio e raiva estava prestes a desenrolar-se. Só um iria ficar em pé no final. Quem seria? Nessa guerra de titans. Os mais novos pegam nas armas, silenciosos que nem gatos, que nem espiões, que nem ninjas, com as suas mãos em formas de garra e os seus dentes afiados. Eles movem-se lentamente e esperam o tempo certo, o segundo adequado, o erro inevitável dos inimigos e assim quando eles se aproximam, eles caem em cima deles, com uma fúria cega e descontrolada, espetam as garras e rasgam a pele com os dentes, parecem autênticos animais carnivoros, os maiores predadores de sempre, com sede de sangue e sem dó nem piedade, chacinam todos os inimigos, todos menos um, o rei fica em pé, a cambalear, o guerreiro mais forte dos pequenos aproxima-se, o herói grita de raiva em forma de triunfo, mas também cheio de ódio, o rei é seu familiar. O rei põe-se de joelhos, pede clemencia, por momentos parece que o frio guerreiro sente algum calor e o vai perdoar, mais ai num movimento rápido e brusco rasga-lhe a carótida com uma dentada.


Dão-me um toque no ombro, como a dizer "David tás ai?tás bem?", eu respondo "Sim estou, só estou a pensar em como gosto do meu irmão e no que lhe vou fazer"

:)