Oi. Já lá vai alguns meses desde a ultima vez que falei de algum filme, hoje não sei bem porque, deu-me para voltar a falar e tendo em conta que não sou de extremos nem nada, vou fazer três, pelo menos tentar e apenas espero que não seja muito grande e maçadora.
Nos últimos tempos vi três filmes, todos diferentes, que ao menos me fizeram lembrar deles e pensar um pouquinho, pelo menos o suficiente para me dar ao trabalho de falar deles. Um deles o Avatar, outro a Bela e o Paparazo e por fim o que acabei de ver, Nas nuvens.
Do ponto de vista cinematográfico, o primeiro o melhor de todos, de longe, visualmente brilhante, espectacular, sem palavras. Pode não se considerar um filme, mas sim uma viagem uma espécie de montanha russa, em que somos levados a experienciar, um mundo fantástico, super colorido, cheio de vida, é como um safari para a mais bela das selvas a mil anos luz de distância. Por outro lado faz-nos pensar no que somos como seres humanos e o que realmente interessa para a raça humana. Assim e se por um lado nos faz querer entrar naquele fato azul e ir passear e investigar a estonteante e abismante beleza daquele planeta, por outro lado só no faz querer vomitar e odiar-nos por tudo aquilo que nós somos e representamos para o mundo. Porque querendo-se ou não nós humanos já vivemos em Pandora.Apesar de o argumento básico e batido, um Óscar de melhor filme não era mal desperdiçado ali.
Passando para o segundo, nem sequer vou falar da Soraia, porque não vale, é sem palavras apenas. O filme é engraçado, levezinho, ve-se bem, belas imagens de Lisboa, todas as cenas com o Nuno Markl simplesmente hilariantes, é um dos maiores de Portugal sem sombra de dúvidas e por momentos até eu fiquei com vontade de criar um pais no meu prédio, mas como existem mais reformados do que trabalhadores achei que o tema do sistema de reformas não ia ser um tema fácil de discutir.Já agora e apesar de concordar com a ideia, porque é que os enfermeiros têm sempre de gay, isso é descriminação, existem alguns que não são, assumidos pelos menos, pai 10% :) (brincadeirinha) (nunca se sabe quem pode ler isto). Mas pronto para um filme português, dos quais infelizmente nunca se espera muito e partindo do pressuposto que cinema é entretenimento o filme até cumpriu o objectivo. É de saudar também que apesar das asneiras e do sexo, são em muito menos quantidade que o habitual.
Por fim Nas nuvens, grande argumento, Boa interpretação, Bom filme, que nos deixa a pensar na vida que vivemos hoje, sempre de um lado para o outro, sempre com a sombra da crise e do despedimento, sempre com a sensação que não se está no sitio certo, mas sem fazer nada para o alterar. De três histórias de amor que o filme retrata, só uma corre bem e mesmo essa necessitou de ajuda, dá que pensar. O amor é bom o amor é mau? Resposta complexa. Ao fim de algumas ou muitas cabeçadas, é normal começarmos a questionar se vale mesmo a pena passarmos por essas coisas todas, pelo desgosto, a tristeza, o ódio, o álcool e por ai fora. Eu não sou a melhor pessoa para falar nisso, por algumas razões que não vou aqui falar, mas principalmente porque sou um pessimista de primeiro, apesar de ser completamente a favor do amor e do felizes para sempre, até porque esse deve ser e, pelo menos para mim ( se calhar cada vez menos), é um objectivo de vida, ter 60 70 80 90 100 anos e viver e/ou morrer ao lado daquela pessoa que nos faz sentir bem e com quem partilhámos a nossa vida. Digo isto porque apesar de ter problemas amorosos ser uma merda (sou português logo digo asneiras), termos alguém e não nos sentirmos sós é o melhor sentimento do mundo.
Por isso nunca devemos desesperar com a vida, devemos ir atrás dos nossos sonhos, da nossa Pandora, em vez de esperar que algo nos aconteça. Devemos também tentar combater os males do nosso mundo, nem que seja apenas ao mudarmo-nos a nós próprios ou mesmo com sorte um vizinho, um amigo ou namorado(a) e não se esqueçam que os pinguins só estão cá até sábado.
Beijinhos e Abraços
P.S.- Ups axo que ficou um bocadinho grande.
P.S 2- Se um dia for despedido gostava que fosse pelo Clooney ou pela Soraia Chaves, o 1º porque quase que me conseguia fazer sentir bem acerca do ser despedido, a 2ª porque mesmo que ela me despedisse eu só me iria dar conta, depois de alguém me arrastar pela poça da baba no chão e de me dar um pontapé no rabo na saída do edifício. (ups falhei ao não conseguir falar nela, sou homem e português, o que eu disse até nem foi muito mau)
domingo, 31 de janeiro de 2010
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